Em pensando do jeitinho, chego ao ponto de perguntar por que um povo, um país, ou uma individua precisa dum jeitinho. Para mim, entendo o jeitinho como uma maneira de realizar o que não pode ser realizado facilmente dentro do sistema que já existe. Normalmente, entendo isso como um resulta da burocracia que é tão difícil de ultrapassar que há necessidade de procurar outro “jeito” na vida. Acho que o jeitinho e a corrupção são muito ligados, mas não porque um é quase o outro. O contrário deve ser verdade. Normalmente a corrupção não deixa o sistema funcionara bem, especialmente para as pessoas sem poder. A linha entre jeitinho e corrupção é um (jeitinho) respondendo ao outro (corrupção). O jeitinho existe porque a corrupção não deixa o sistema funcionar e com um sistema quebrado, tem que achar um jeitinho.
Na sala de aula discutimos se os EUA têm jeitinho. Concordamos que claro existe jeitinho em qualquer lugar, mas alguém falou que deve ser importante notar quando uma sociedade tem uma palavra para descrever “o jeitinho.” Talvez nos EUA não tenham uma palavra para jeitinho, porque o jeitinho não é tão necessário na vida cotidiana, mas existe sim. Por exemplo, na cidade de Pittsburgh, estudantes da Universidade de Pittsburgh podem pegar qualquer ônibus de graça, mas outros pessoas e estudantes de colégio e de outras universidades não podem fazer isso. Então pessoas vendem suas identidades de estudante para amigos ou desconhecidos por um preço baixo comparado ao preço comum. Pode dizer que isso ajuda o pobre estudante ou trabalhador que não tem o dinheiro para pagar para ônibus todo dia, mas também pode-se dizer que esse jeitinho é realmente problemático pelo sistema de transporte público que já está precisando de mais recursos. Acho que o jeitinho de pagar menos para viajar no ônibus existe no Brasil também. Será porque o ônibus é um problema da burocracia? Em geral, acho que não. Talvez a falta de dinheiro para pegar ônibus seja um exemplo dum problema maior como um sistema econômico que não deixa as pessoas com seus próprios recursos, mas acho que normalmente “o pobre estudante” não é um bom (ou pelo menos não o melhor) exemplo de pessoas exploradas pelo sistema.
O que estou chegando dizer é que o jeitinho pode ser realmente um instrumento de sobreviver sob uma burocracia muito insuportável ou o jeitinho pode ser somente uma maneira de ganhar um pouco mais na própria vida. Se concordasse com jeitinho depende muito no sistema. Se realmente não consegue fazer qualquer dentro do sistema, o jeitinho não parece uma coisa ruim. Se consegue fazer qualquer dentro do sistema, mas decide que é mais fácil dar um jeitinho para beneficiar-se e no mesmo tempo piorando o sistema para todos, já é outra coisa. Agora chegamos à área cinza! Vamos sentir o delito por nossas ações.
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Um comentário:
Julie, eu estava pensando que você deveria explorar mais o jeitinho na cidade na qual você cresceu. Eu ouvi falar que era uma das maiores cidades nos Estados Unidos, mas eu acho que você não ouviu falar esse porque você não ouve bem por causa do barulho nessa cidade mesma. Pode ser que nos lugares mais populares na sua cidade, como a igreja por exemplo, seja necessário dar um jeitinho para falar com seu padre favorito no confessionário, por exemplo? Acho que você tem razão e que o jeitinho acontece muito nos Estados Unidos, mas num contexto diferente. Quando você vier a Nova York eu também quero levar você à Taqueria, porque é a comida mexicana melhor da cidade e você tem que dar um jeitinho (ao estilo Nova York) para receber sua comida!
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