sexta-feira, 23 de maio de 2008

sexualidade

Eu estou morando com uma mulher carioca e a filha dela este semestre, e tenho que dizer que a maior parte do tempo, elas andam quase peladas pela casa. Não tem homem que mora com nós, então, quem vai se preocupar com isso? Entendo que não seja assim em todas as casas do Brasil, mas no último lugar em que morei, a família tinha o mesmo hábito de andar só de cueca pela casa. Baseado no que meus amigos falam, isso é comum. Naturalmente, isto faz pensar em que o Brasileiro seria mais confortável com a sexualidade do que nos Estados Unidos, e ainda que seja um povo que tem mais facilidade de mostrar e apreciar o corpo humano, eu acho que sexualidade no sentido do ato de sexo, é outra coisa. Por ser um país católico, os pensamentos sobre a liberdade de sexo, seja escolher ser homossexual, abortar quando se estiver grávida, ou experimentar com o sexo, são geralmente mais conservadores do que eu pensava. Educação nas escolas sobre o sujeito é pouco, e as pessoas que têm menor contato com a educação, nas favelas, sofrem mais as conseqüências disso. Além de estudo feito por jornalistas em Rio de Janeiro que moraram em vários morros para estudar a “violência que oculta a favela”, é comum ter crianças de oito anos transando, e ter mulher grávida as quinze anos, o avó de 35 anos. O que acho interessante, é que estas pessoas provavelmente seriam contra o aborto e a homossexualidade.

Pessoalmente, eu acho que minha geração tem idéias mais liberais sobre o sexo do que os nossos pais, mas se este movimento no pensamento do povo não vem com aumento de educação (ao contrário do que afirma Alberto Carlos Almeida em “A Cara do Brasileiro), a população vai sofrer as conseqüências da gravidez cada vez mais jovem ou aumentando a população que vive com doenças transmitidas sexualmente. Ter liberdade de pensamento sobre sexualidade é diferente de ser liberado sexualmente.

3 comentários:

Rhea disse...

Tema interessante! Eu acredito que a minha "educação sexual" não foi nada comum como filha de um tipo de ginecologista e crescei em São Francisco. Também nas minhas escolas eu fiz um curso de educação sexual seis anos siguientes! Mas, eu acho difícil compreender exatamente como é o nível de conhecimento e liberdade sexual aqui. Porque, pelo visto, a perspectiva da homossexualismo, do aborto e da sexualidade em geral aqui reflete uma visão de intolerânica para mim, mas pode ser que tem muitos lugares assim nos Estados Unidos também? Acho que sim. Seria mais ou menos igual para a maoir parte dos alunos do nosso programa; eu diria que moramos (como estudantes universitários, principalmente cosmopolitanos) dentro de mundos pequenos com uma mentalidade bem liberal. Eu gostaria muito de ver uma pesquisa sobre a opinião sobre a sexualidade da população norte-americana em geral, como vimos no caso "Cabeça do Brasileiro."

Seu Drake disse...

A questão da educação sexual é bem interessante, pois eu mal tive nas minhas escolas. Posso lembrar algumas conferências bem "abstratas" na minha aula de "Saúde", mas apenas explicaram o mecanismo físico, quanto mais exploraram os pontos da vista alternativas. Nunca ouvi falar do aborto dento da aula, só nos mostraram fotos coloridas dos efeitos apavorantes das DTS. Mesmo que o ponto da vista pareça bem conservador, eu suporia que a minha escola representasse um ponto de vista liberal, já que fica numa cidade bem liberal perto de Chicago, uma "fortaleza" dos democratas. Eu gostaria mesmo de ver aquela pesquisa, Rhea, para saber o que seria o ponto de vista realmente conservador...

val disse...

eu gostei muito de ler seu texto. eu tambem escrevi meu blog sobre o mesmo tema. eu acho incrível a falta de educaçao sexual aqui entre jovens, particularmente porque nos estados unidos a gente começou as aulas de educaçao sexual com 11 anos!